Na última segunda-feira, Conselho Federal de Farmácia (CFF) promoveu, por meio de seu Grupo de Trabalho sobre Toxicologia, uma reunião de grande relevância para a saúde publica com intuito de discutir a implantação de uma política nacional de antídotos. O encontro contou com a participação destacada do Dr. Luiz Henrique Costa, Coordenador-Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos – DAF do Ministério da Saúde e da farmacêutica do Ministério da Saúde Carolina Zaidan.
A reunião, que foi realizada de forma presencial, também contou com a presença remota de membros representativos da Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (ABRACIT) e da Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox), consolidando uma união estratégica entre diferentes setores da saúde para abordar questões críticas de toxicologia.
A abordagem e discussão sobre este tema se torna importante neste momento após a alteração da Lei orgânica da Saúde (Lei 8.080, de 1990) pela Lei 14.715 de 2023, a qual amplia a atuação do SUS, garantindo capacidade e responsabilidade para formular e executar políticas de informação e assistência toxicológicas. Além disso, o SUS passa a gerenciar a logística de antídotos e medicamentos utilizados no tratamento de intoxicações.
No encontro o Grupo de trabalho sobre toxicologia do CFF enfatizou a relevância da criação de uma política nacional de antídotos para fortalecer a resposta do sistema de saúde a situações de envenenamento e exposição a substâncias tóxicas, garantindo a disponibilidade equitativa de antídotos em todo o país.
Ainda, durante a reunião a ABRACIT e a SBTox, compartilharam insights sobre as necessidades práticas dos centros de informação e assistência toxicológica em todo o Brasil. Essa colaboração entre diferentes entidades ressalta a importância da comunicação eficaz e da cooperação interdisciplinar na busca por soluções abrangentes.
Por fim, ficou estabelecido que o CFF continuará promovendo discussões e trabalhará em conjunto com o Ministério da Saúde, SBTox e ABRACIT para elaborar propostas para a implantação da política nacional de antídotos.
A criação dessa política é considerada um marco para fortalecer a capacidade do país em lidar com emergências toxicológicas, garantindo uma resposta eficaz, padronizada e equitativa em todo o território nacional.